sexta-feira, 14 de junho de 2013

Oficina de Contação de História

Montamos, eu, Adeline, Luciane, Rita e Fernanda, em uma tarde, uma oficina de contação de história para créditos da disciplina do último módulo: Contação de Histórias: arte e estratégia do  curso de Pós Graduação em Literatura Infanto-Juvenil!   da UNEB -Universidade Estado da Bahia- Campus XXI- Ipiaú-BA.

Colocamos o  nome de Oficina Cante e Brinque. O nosso intenção foi proporcionar às crianças e a nós, oficineiros, a interação com diversas linguagens e vivenciar a alquimia som, imagem e palavras, numa perspectiva  lúdica através da arte de contação de histórias.

Elaboramos a Oficina  tendo como instrumento de trabalho o conto O Coelhinho esquisito descobriu que é bonito, de Lu Chamusca. Esse texto foi escolhido por ter uma construção de escrita simples, cujo enredo toma como ponto central o conflito de um coelhinho, por meio do qual a realidade e o maravilhoso juntam-se  para dar lume a um final compensador a quem ousa engajar-se e a enfrentar a adversidade, e por apresentar um tema vivênciado por muitas crianças nas nossas escolas e fora dela: a baixa-auto-estima!






O conto  é construído com o intuito de prender a atenção da criança, entretê-la e instigar a sua curiosidade, valendo-se de figuras de animais,  enriquecendo  e estimulando a imaginação do público infantil, auxiliando na formação do seu caráter, dissipando as confusões de suas emoções e trazendo propostas que viabilizem a solução dos seus problemas, e traz em sua constituição sentimentos tais como: emoções, sentimentos e ideias, todos em formato de simbologias, comparações metafóricas e alegorias que têm função imagética no texto.



 Equipe cênica da dramatização do conto.





A oficina foi projeta para trabalhar com crianças de 04 a 10 anos, tendo a dramatização como um gênero textual para apresentação do conto. Com a leitura prévia do texto, selecionamos os personagens e montamos a oficina tendo como objetivo elevar a auto-estima proporcionando lazer, entretenimento, interação relaxamento e aprendizagem e o prazer de viver. Além do  conto, tivemos a música e a brincadeira como elementos para tornar a oficina mais lúdica e aconchegante.    




Durante o desenvolvimento da oficina  foi possível ver a felicidade de grande parte  dos alunos por terem participado. As crianças exibiam seus sorrisos após cada vivência. As atividades propostas  eram realizadas de forma prazerosa. 





Acreditamos ter conseguido envolver quase todos os alunos no processo de maneira ativa e participativa, emitindo opiniões e respostas elaboradas a partir  do que foi visto, criando seus próprios conhecimentos. Através deste trabalho, segundo alguns professores acompanhantes, conseguimos fazer algumas crianças que nunca participaram de nenhuma atividade  lúdica na escola, atuarem conosco nas nossas brincadeiras.


Público Alvo - Alunos da Escola Municipal Florentino Pinheiro


O uso de recursos como CD, aparelho de som e fantasias,  deixou-os excitados, e ao mesmo tempo curiosos com o que iriam ver e aprender. Todas as atividades foram elaboradas de forma a permitir que eles encontrassem as respostas a partir da interação  com o outro.        

Oficineiros e personagens do Conto


No primeiro momento recebemos mais de 40 crianças na nossa sala, e iniciamos a oficina com um alegre bate-papo sobre histórias que eles já conheciam. Foi uma conversa muito prazerosa. Em seguida fomos ao conto escolhido para a dramatização, pois o tempo era curto.  As  crianças ficaram encantadas com a presença de Davi, meu filho, fantasiado de macaquinho. Ele fez parte da dramatização. Decorou a sua fala direitinho. 
O macaquinho festeiro

Queria ter asas de passarinhos
Lelé ficou triste!
"Acorda passarinho azul, venha ver..."

Durante a leitura do conto, as crianças estavam atenciosas prestando bastante atenção no enredo. Foi muito divertido a interação deles como o texto e com a música tema do texto: EU ME AMO.  Juntos cantamos e dançamos.

Depois da contação da história desenvolvemos atividades lúdicas usando a música. Fizemos duas dinâmicas. A lagartixa e o calango verde e O Ursinho Carinhoso, ambas canções são de autoria da arte-educadora Lu Chamusca. 

A oficina foi bastante proveitosa, as crianças se sentiram felizes participando das atividades.  








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Por fim, quando sentamos pra respirar e avaliar a oficina, percebemos que, mesmo no tempo pós-moderno aonde a tecnologia ganha cada vez mais espaço na vida do  homem, o ato de contação de história vai ganhando um novo formato. Os contadores de histórias atuais utiliza-se de diferentes ingredientes para perpetuar essa arte e deixá-la prazerosa tanto pra quem ouve quanto para quem conta. A  entonação da  voz, os figurinos temáticos e objetos chamativos são os recursos utilizados para deixar o ambiente mais desejoso.

Para muitos, somente crianças tem interesse em participar dessas oficinas de contação, mas mesmo com dificuldade de assumir, o adulto também gosta de ouvir histórias.  A diferença de um para  o outro é que a criança conserva a curiosidade porque possui um descompromentimento no saber. Sentimos  isso durante a execução da oficina. Tanto as crianças quantos os adultos(professores acompanhantes) estiveram atentos a contação da história e de forma sutil interagiram com os oficineiros. Os adultos também liberam a criança que tem dentro de si.

A oficina nos fez constatar que ainda é viva a curiosidade e a receptividade dos ouvintes no arte do contar história, independente da faixa etária,  pois o contador torna-se um ser venerado e admirado por espalhar o prazer por meio das histórias e por levar o individuo a refletir, identificar-se e a reconhecer-se a si mesmo, constituindo-se de instrumento que possibilita o autoconhecimento e conhecimento do mundo.

Deste modo, tornar vivo a arte de contar história é de suma importância, pois o homem tem uma necessidade viva de fazer-se histórico.


Felizes e cansados terminamos a nossa auto-avaliação!

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